Também Fala
Esse corpo cheio
De gostos vorazes,
Abre-se em telas
De carne viva.
Compondo fissuras
Dos afetos oprimidos,
Na delicadeza da
Tortura dessa angústia
Querida.
Vira e revira nas
Tramas das vísceras,
Serpenteando pelo
Asfalto duro.
Mas agora a boca
Se abre e mite sons,
O corpo fala,
Chegando a compor
Versos por outras
Violências.
Canta o ritmo
Das palavras como
Eco do cântico que
A estética encanta.