Bandeira

Não a isso que
Chamam pátria,
que não passa de
Párias.

Escorre esse verde
De matas desnudas,
Que oculta o símbolo
De quem estupra,
Coloniza, mata.

O losango amarelo
Serve de guilhotina
Aos monarcas,
Ardendo como as
Matas incendiadas.

Rasgue o globo
Por essas faixas
Invasoras,
Inundando o céu
De estrelas poucas.

No centro o militarismo
Da ditadura covarde,
Exportando emblemas
De Um positivismo roto.

Antes o Amor como fúria
Da produção de desejos,
Do que essa ordem de
Disciplina de quartel,
Ou mesmo um progresso
Linear, excludente,
Que conserva mais progride.

Isso não é uma bandeira,
Mas uma vergonha...
Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 02/05/2021
Código do texto: T7246415
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