Bandeira
Não a isso que
Chamam pátria,
que não passa de
Párias.
Escorre esse verde
De matas desnudas,
Que oculta o símbolo
De quem estupra,
Coloniza, mata.
O losango amarelo
Serve de guilhotina
Aos monarcas,
Ardendo como as
Matas incendiadas.
Rasgue o globo
Por essas faixas
Invasoras,
Inundando o céu
De estrelas poucas.
No centro o militarismo
Da ditadura covarde,
Exportando emblemas
De Um positivismo roto.
Antes o Amor como fúria
Da produção de desejos,
Do que essa ordem de
Disciplina de quartel,
Ou mesmo um progresso
Linear, excludente,
Que conserva mais progride.
Isso não é uma bandeira,
Mas uma vergonha...