Silhueta
No cômodo escuro
A luminosidade se
Esgueira pela fresta
Da janela, aberta
Em moldura.
Na silhueta debruçada,
O corpo se insinua,
Erotizando olhar
Oblíquo.
O voo do pássaro
De cores vibrantes,
Faz vibrar a carne
Nas asas da lingerie.
São processos de
Resistência, ato de
Liberdade, que
Ecoam nos olhos
Que contemplam.
Voa sem fronteiras,
Pousando de leve
No desejo alheio,
Para que possa
Gozar os prazeres
Dos que se rendem
Ao seu momento.