Tempo Dilacerante

O tic tac do ventre

Aberto, revela a

Dor não mais

Contida.

Tecendo nas entranhas

As cordas do violino dorsal,

Gritando a cada gesto de

Deslizar o arco opressor.

Sangra lágrimas de uma

Dor cotidiana, fruto do

Desespero de cada dia.

Não precisa de um rosto,

Já que a dor expõe a face

Comum da tragédia.

Tudo está posto nesse

Acontecimento absurdo,

Somos isso, nada mais

Que esse isso.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 04/04/2021
Código do texto: T7223535
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