Tempo Dilacerante
O tic tac do ventre
Aberto, revela a
Dor não mais
Contida.
Tecendo nas entranhas
As cordas do violino dorsal,
Gritando a cada gesto de
Deslizar o arco opressor.
Sangra lágrimas de uma
Dor cotidiana, fruto do
Desespero de cada dia.
Não precisa de um rosto,
Já que a dor expõe a face
Comum da tragédia.
Tudo está posto nesse
Acontecimento absurdo,
Somos isso, nada mais
Que esse isso.