Beco
No beco escuro
Sem saída,
Uma sombra
Escapa pela
Luminária que
Pisca no poste
Escondido.
Das trevas a
Forma se faz
Morcego e voa
Desajeitada,
Não procurando
Destinos.
Lugar comum
Dos esquecidos
Que dormem
No acolhimento
Das tocas urbanas,
Consumidos por
Sonhos previstos
E pesadelos
Desejados.
Rapto do mistério
Contido na
Antevéspera do
Medo velado,
Unindo no
Terror o que
Há de mais íntimo
Na espécie que
Deseja conhecer e
Por isso, finge
Pensar.