Roupas no Varal
As roupas balançam
No varal cordeante,
Fazendo das peças
Um cordel de prosas
Vestidas e despidas.
O vento faz
Tremular os
Gestos de tecido
Puído,
Cintilando a
Luminosidade do
Sol que seca e
Esturrica o
Desnudar.
Desuso de vestes
Abauladas por
Pregas de
Pregadores
Missionários.
Moscas disputam
O espaço do fio
No pouso suspendido
Feito pardais-abutres
Em cabos de alta
Tensão.
Nuvens chegam a
Contemplar,
Como expectadoras desse
Movimentado quarar.