Frango Degolado
O pescoço
Pende
Decepado.
Ainda resta
Um suspiro
No pêndulo
Da cabeça.
Jorra a
Vida na
Poça púrpura.
A lâmina
Fria corta
A artéria
Quente.
Asas agitadas,
Penas soltas pelo
Ar.
O frango
Abatido é
Cada um de nós,
Meros corpos
Destroçados
No abatedouro
Da maquinaria
Capitalista.
Essa ave que
Aceita o sacrifício,
Não passa de
Galeto neoliberal.