Frango Degolado

O pescoço

Pende

Decepado.

Ainda resta

Um suspiro

No pêndulo

Da cabeça.

Jorra a

Vida na

Poça púrpura.

A lâmina

Fria corta

A artéria

Quente.

Asas agitadas,

Penas soltas pelo

Ar.

O frango

Abatido é

Cada um de nós,

Meros corpos

Destroçados

No abatedouro

Da maquinaria

Capitalista.

Essa ave que

Aceita o sacrifício,

Não passa de

Galeto neoliberal.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 10/03/2021
Código do texto: T7203388
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