Cadeira

Senta na

Cadeira

Solitária

Abraça o

Braço

Que pende

Da madeira

Desmatada.

Cruzando

Os pulsos

Algemados

Atrás do

Dorso

Chicoteado.

Nudez

Estalando

Os ossos

Por pressão

De amarração.

Olhos

Vendados

Com sal

Marinho.

A boca

Costurada

Delicadamente.

Pregos

Batidos

Nos pés

Descalços,

Palmilhando

A sola de

Sangue

Coalhado.

Cada agulha

Compõe os

Poros dessa

Pele que

Grita.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 04/03/2021
Código do texto: T7198166
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