Enforcado
Pende pendurado,
Balançando os
Pés de cadáver.
Feito um
Pêndulo do
Tempo que se
Acabou.
A forca enforca
Com a força de
Fora que foca
Na pressão
Cervical.
Estes olhos
Refletem a
Escuridão do
Sem vida.
Corvos servem-se
De uma pequena porção
Do tórax,
Deixando o banquete
Para os abutres
Planando em ritual
Circular de adoração
À morte.
Antes dos vermes,
As vestes rotas servem
De pasto às traças.
Da árvore viva
O galho faz brotar
Um fruto indesejado,
Com aroma
Putrefato e
Contaminação
Anunciada.