Camisa de Força

Amarrado ao

Próprio ego

Despedaçado.

As mãos

Traçadas

Como um

Novo crucificado

Invertido.

Abraço dos

Músculos tesos

Que chegam a

Gritar ao lesionar

Tendões.

Tensão da

Brancura que

Penetra o vazio

Infinito que jorra

Desse corpo

Doentio.

Espanca a

Parede acolchoada

Passiva,

Amiga,

Cretina,

Vingativa.

Olho sem

Espelhos

Para refletir

Meu desespero.

A ereção

Marca uma

Impotência

Expressa em

Ato delirante.

Cada aroma

Nauseante cria

Tensão em choque

Cerebral,

Fazendo a mente

Implorar a

Morte rápida.

Frascos com

Fórmulas a

Serem engolidas

Para diluir meu

Ser.

Ser, não,

Ou não, ser.

Será que o

Não do ser

Serve ao ser do

Não como nada?

Nada como essa

Tela em branco que

Me defronta e sou

Eu.

Eu é muita coisa...

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 02/03/2021
Código do texto: T7196668
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