Camisa de Força
Amarrado ao
Próprio ego
Despedaçado.
As mãos
Traçadas
Como um
Novo crucificado
Invertido.
Abraço dos
Músculos tesos
Que chegam a
Gritar ao lesionar
Tendões.
Tensão da
Brancura que
Penetra o vazio
Infinito que jorra
Desse corpo
Doentio.
Espanca a
Parede acolchoada
Passiva,
Amiga,
Cretina,
Vingativa.
Olho sem
Espelhos
Para refletir
Meu desespero.
A ereção
Marca uma
Impotência
Expressa em
Ato delirante.
Cada aroma
Nauseante cria
Tensão em choque
Cerebral,
Fazendo a mente
Implorar a
Morte rápida.
Frascos com
Fórmulas a
Serem engolidas
Para diluir meu
Ser.
Ser, não,
Ou não, ser.
Será que o
Não do ser
Serve ao ser do
Não como nada?
Nada como essa
Tela em branco que
Me defronta e sou
Eu.
Eu é muita coisa...