Chakras
Plantas que
Enraizadas por
Rizomas selvagens,
Espalham o
Sangue pelo
Solo seco.
Sexo aberto em
Flor de carne,
Engolindo o
Mundo oblíquo,
Antropofágica
Abertura do
Abismo finito do
Sem fundo devir,
Devora e regurgita.
Cordão rompido,
Corte da realidade que
Marca o inserível
Deslizante,
Plasticidade flácida
Guiando rupturas.
Pulsar mecânico
Inunda as veias
Abertas que
Jorram o prana
De hemácias,
Leocócitos e
Plaquetas
Carnívoras.
Abre a fala
Devorante que
Anuncia desequilíbrio
Na língua contorcida.
Grita ecos vocalizados
Por neuroses explodindo
Tímpanos.
Ótica prismática
Com luminosidade
Sombria,
Nuvens macabras
Chovem ácido
Arenoso no
Deserto encefálico
De córtex
Decomposto.
Coroa irradiando
Massa atômica
Nuclear em
Esclerose
Temporal.
Serpente por
Ereção linfática na
Condução
Libidinosa
De nódulos perfurantes.
Buraco negro
Expande um
Horizonte radônio por
Metástase energética.
Fosso do
Orgânico
Corporificado em
Densidade
Dobrante.
O cadáver de
Deus
Esquartejado em
Bárions,
Prótons e
Nêutrons.