Mascarada
Sua loucura me
Come no caos
Da dor que rasteja
Ao meus poros
Abertos para te receber.
Face de manequim
Com olhar de assassina,
Fecha a boca
No veto das palavras.
Encosta a lâmina
Do seu desejo em
Minha garganta exposta
Ao golpe fatal.
Sabor de sangue
Ferruginoso toma
A língua que dobra por
Reverência.
Fumaça soprada
Em muda dicção,
Etérea fúria
Condensada em
Nuvens vermelhas,
Chovendo em gotas
Grossas para inundar a
Banheira que irei me
Banhar.
Fala por estes olhos de
Veneno,
Drinque fatal aspirado
Por esse ciborgue por
Extensão a sua natureza
Doentia.
Mordendo o pensamento
Por uma cefaleia de agonia,
Irradiando sua brutalidade a
Ponto de fissurar o crânio.
Fugindo em ti,
Posso escapar do eu
Patético, misturando
Na transa dos teus
Delírios.