Estalar de Dedos
No estalar
Estrondoso
Das falanges.
O arrancar de dedos,
Que despencam da
Altura do corpo
Sobre o solo
Acolhedor e
Sepulcral.
Não mais o
Gesto de aceno,
Já que o jorro
Sanguíneo cria
Rizomas espalhados
Até o coagular.
Pequenas porções
Observadas do alto,
Como galhos quebrados.
Antes funcional e
Agora apêndice,
Na sobra de um
Osso partido.
Move os dedos
Dos pés por
Compensação,
Fazendo as mãos
Responderem
Por membros
Fantasmas.
A ânsia de igualar
Faz roçar o cerrote
Para decepar os
Inferiores.
Sem os polegares
Opositores será
Possível não se
Render aos dilemas
Anatômicos da
Espécie.
Persiste na insistência
De existir,
Velando pouco e
Recusando o enterrar,
Para que sirva de pasto
Aos que estão sobre a
Terra.