Espinhos

Dor que dilacera

Nos recônditos

Da criatura.

Fura fundo a ponto

De não mais doer

Por fora.

Lacerando o peito

Oprimido que comprime

De forma fetal.

Empalado em estacas

Que não para de crescer,

Compondo um faquir de

Modos ventríloquos.

Espeta a carne ressentida

E faz gritar a agonia

Contida.

Pica o córtex

Que faz da cefaleia

Um alívio diante

Do abismo delirante.

Força que rasga

As cartilagens

Para instalar-se

No corpo e tornar-se

Parte do organismo.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 28/01/2021
Código do texto: T7170592
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