Espinhos
Dor que dilacera
Nos recônditos
Da criatura.
Fura fundo a ponto
De não mais doer
Por fora.
Lacerando o peito
Oprimido que comprime
De forma fetal.
Empalado em estacas
Que não para de crescer,
Compondo um faquir de
Modos ventríloquos.
Espeta a carne ressentida
E faz gritar a agonia
Contida.
Pica o córtex
Que faz da cefaleia
Um alívio diante
Do abismo delirante.
Força que rasga
As cartilagens
Para instalar-se
No corpo e tornar-se
Parte do organismo.