Moscas

As moscas zunem

Como drones da

Putrefação.

Abutres em miniatura

Prontas a devorar-nos

Ainda em vida.

Com seu vômito ácido

Que dissolve o

Decomposto para

Ingerir os restos pútridos.

Corvos de zumbindo

Irritante que povoam

Os céus em números

Incontáveis.

Belzebu alado pronto

Para aterrorizar com

Sua cor metálica.

Banquetea-se dos

Corpo vivos, das

Feridas que precedem

O decomposto,

E,

Dos cadáveres,

Que identifica de imediato

Para proliferar,

Deixando suas larvas

Famintas.

Moscar é estar inebriado

Por moscas, a ponto

De não se achar mais

Em condições de se dizer

Humano.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 27/01/2021
Código do texto: T7170052
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