Aracno
Teias recurvas
De ásperos tendões,
Cobrindo o esqueleto
Repleto de pelos grossos.
Presas castram insinuações
Através dos espaços lisos,
Movendo o ridículo do
Mundo a um lugar de
Fantasia mordaz.
A pele travestida
Expõe o ferrão que
Inocula veneno pelo
Cerebelo,
Tornando qualquer
Um, Autômato.
Qualquer um de qualquer um
É um qualquer de um qualquer.
Pinças perscrutam
Os vermes que dançam
Na carnificina alheia,
Banquete que desce
Vagarosamente a garganta.
Abre a jugular em
Degola de frango
Inocente.
Enrabando-se na
Fodelância do próprio
Prazer doentio.