Aracno

Teias recurvas

De ásperos tendões,

Cobrindo o esqueleto

Repleto de pelos grossos.

Presas castram insinuações

Através dos espaços lisos,

Movendo o ridículo do

Mundo a um lugar de

Fantasia mordaz.

A pele travestida

Expõe o ferrão que

Inocula veneno pelo

Cerebelo,

Tornando qualquer

Um, Autômato.

Qualquer um de qualquer um

É um qualquer de um qualquer.

Pinças perscrutam

Os vermes que dançam

Na carnificina alheia,

Banquete que desce

Vagarosamente a garganta.

Abre a jugular em

Degola de frango

Inocente.

Enrabando-se na

Fodelância do próprio

Prazer doentio.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 26/01/2021
Código do texto: T7169182
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