Olhos de Navalha
Estes olhos que me
Cortam pela
Lâmina cristalina
Que retém antes de
Gotejar.
Na saudade dos
Cílios a bailar
Pelo cortinar
De vistas laceradas.
Quase um foco
Detido no copo
Do corpo
Comido.
A ânsia faz
O vomitório
Orbital transbordar.
Um sorriso de
Pálpebras
Diluindo o
Instante temido.
Vela derretida
Lacrimeja
Pelas ceras
Maceradas no
Deslize côncavo
Das covas faciais.
Antes do grito,
Pende o resto
Que vibra na
Própria agonia.