SÓBRIA LOUCURA

E eu vi meu senhor,

Caras bêbadas querendo sorrir

Eu vi sim...

Nas bocas melodiosas

De seres que dizem azáfamas inacessíveis,

O subir e descer da montanha

Nunca quis dizer chegada

Nas felicidades derramadas

Dos momentos efêmeros do nosso sim ou não.

São loucos momentos,

Dessa nossa sóbria loucura.

Há de vir alguma semente lógica

Para se plantar no amanhã, no grito,

No dizer das asas da minha imaginação

Da satisfação homogênea

Da gargalhada mais profunda do meu eu,

De querer buscar na vida

Respostas que ninguém responde,

Ninguém me responde...

Bonito/PE, 13/09/1992

Manoel de Paula e Edinaldo Barros
Enviado por Manoel de Paula em 21/06/2020
Reeditado em 26/06/2020
Código do texto: T6983828
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