"LUXURIA POETICA"
Na amplitude da visão imaginária, posso "através dos versos" plainar no infinito, na gostosa presença de Icaro.
Ao me ver sucumbido pelas arestas do não compreensivo labor, ergo-me e me refaço com toda a imponência desperta da Fênix.
Faço de Helena, o meu obstinado objeto de prazer, mergulharei na profundeza limitação do seu interior, e fitarei seus rosto corado, seus lábios trêmulos, convidativos á lascivia dos meus beijos.
Sentirei suas contrações internas como se sua vontade fosse devorar-me dentro dela.
Verbarizaria palavras obsenas aos seus ouvidos e com fortes golpes, faria adormece-la extenuada,exaurida descontrolada e louca.
Com meus versos, ateio fogo em morgana e sorrirei, vendo-a vitima da sua descoberta e do seu invento.
Mergulhado no Nilo, teria a felicidade de emergir nas confluências das perfumosas pernas de Cleopatra. E, aproveitando o ensejo, levaria na boca uma uva dourada e a depositaria no seu intimo mais escondido e sensivel,para sugar junto com seu nectar de felina no cio, a viscosidade do transe cumplicidado entre ela e eu.
Posso tudo, se a pena e a inspiração, sempre acompanhar a minha caminhada alucinada e imaginária de poeta.