Poema - La Lumière du sexe
Poema - La Lumière du sexe
''Apesar de todas as loucuras
E a tendências suicidas
Existia um pouco de paz no meu coração
Uma espécie de amor
Que eu guardava no mais íntimo recanto da minha alma''
Existiam dias em que eu a amava
e devorava o seu corpo como um sátiro
enfurecido e tomado pelo tesão
Mas haviam dias
em que eu me afastava dos seus olhos verdes
Naqueles dias
aonde todo e qualquer tipo de humanidade
se afastava da minha presença unanimemente selvagem
Eu era capaz de sentir
a minha verdadeira essência
Não por amor a solidão
ou qualquer outro tipo de filosofia barata
Mas sim porque naqueles momentos
eu podia ser eu mesmo!
O monstro que foi jogado neste mundo
e condenado a viver
Quando você acordava
durante aquelas madrugadas sombrias
Nos apaixonávamos mais uma vez
entregávamos nossas almas ao Diabo
Como se Lúcifer e Maria
fodessem encima do tumulo de Cristo
A Poesia das suas coxas
ao masturbar-se com o crucifixo
Como pétalas a cruzar o céu noturno
nossas linguás cruzavam-se em melodias
Tu cavalgavas como uma Deusa
e eu a dominava como Baphomet
ao deleitar-se com o gozo das freiras;
Depois de beijar-lhe meticulosamente
abria os meus olhos
e a reconhecia nas minhas memórias
O Amor que cultivei para te dar
Hoje só existe em Poesias e quartos de motel
Nunca mais pude me revelar a ninguém
Aquela besta que vivias em mim
E renascia nas suas coxas
Hoje vives escondida
em seu próprio inferno
Há dias em que eu sou o próprio Diabo
afogo os meus demônios em copos de Whisky
Em outros (...)
sou sensível como os seus lábios doces
Dois suicidas não deveriam se apaixonar
eu sempre acreditei que eu seria o primeiro
ao enfrentar todas aquelas clínicas
todas aquelas internações
Que seria eu ao ser encontrado
dependurado no banheiro com
marcas por todo o meu corpo
Mas foi você...
a vida me tirou você...
- Gerson De Rodrigues