SANIDADE

Que me digam as visões da alma

Onde anda o fogo sagrado

Que abrasa sem queimar.

Quero essas chamas

Que prometem me levantar

Renovado sempre que quiser.

Junto a mim só o inferno

Que conduz a labuta,

Este não restaura.

Tende piedade!

Quero uma pausa,

Quero a alma purificada.

Esvaio-me por um tempo,

Logo volto com uma idéia

A mente inspeciona,

Enfim é dela o desejo

Escava os escombros

Julga e condena.

Separa o que te convém

Lança ao pó o que tira de mim

Toma-me o que lhe pertence

E depressa parte

Fico na obscuridade

Vácuo do realismo que não preciso.

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 24/05/2020
Código do texto: T6956472
Classificação de conteúdo: seguro