SANIDADE
Que me digam as visões da alma
Onde anda o fogo sagrado
Que abrasa sem queimar.
Quero essas chamas
Que prometem me levantar
Renovado sempre que quiser.
Junto a mim só o inferno
Que conduz a labuta,
Este não restaura.
Tende piedade!
Quero uma pausa,
Quero a alma purificada.
Esvaio-me por um tempo,
Logo volto com uma idéia
A mente inspeciona,
Enfim é dela o desejo
Escava os escombros
Julga e condena.
Separa o que te convém
Lança ao pó o que tira de mim
Toma-me o que lhe pertence
E depressa parte
Fico na obscuridade
Vácuo do realismo que não preciso.
T@CITO/XANADU