Expectaçao do caos

Eu que tomo forma

Encarnando em cada verbo

Um futuro pra alcançar,

Me pego no presente tempo

Parada, no ausente próximo lugar.

Difícil quebra-cabeça!

Onde a alma espatifada

Em sessões sentimentais,

Memórias engavetadas,

Sem nenhum elo de ligação

Que traga sentido à bagunça armada.

Qual será a procura

nesse aleatório mundo

De ações diversas, ora repetidas

A todo instante esculpidas

E queimadas num fôlego,

A renascer no próximo andar?

Qual a lógica da confusão

De pessoas, lugares e sons

em Cores e dores.

Tão bem divididos

Sem nenhuma expectação?