Palelepípedo
Parado sob seus pés,
Para servir de calçado,
Na calçada de meio fio
Alto.
O fio de tensão,
Desenrola-se distendido,
Diz sobre o tédio,
Em tranças pendentes
Dos prédios.
Paisagem que para e
Nos olha.
Horas de determinismos,
Apontando com as setas
Dos ponteiros.
Mas o porteiro vigia
E gira a cabeça sobre
O pescoço rijo,
Seu riso é um rio seco.
Seco os olhos cegos,
Para poder desolhar,
Preciptando sobre o
Paralelepípedo.
Torso o dorso ao espirrar,
Vislumbrando o chão oblíquo,
Trespassado por três passos
Que me conduzem a um
Ritmo.
Antes solo do que mal em caminhado.