Palelepípedo

Parado sob seus pés,

Para servir de calçado,

Na calçada de meio fio

Alto.

O fio de tensão,

Desenrola-se distendido,

Diz sobre o tédio,

Em tranças pendentes

Dos prédios.

Paisagem que para e

Nos olha.

Horas de determinismos,

Apontando com as setas

Dos ponteiros.

Mas o porteiro vigia

E gira a cabeça sobre

O pescoço rijo,

Seu riso é um rio seco.

Seco os olhos cegos,

Para poder desolhar,

Preciptando sobre o

Paralelepípedo.

Torso o dorso ao espirrar,

Vislumbrando o chão oblíquo,

Trespassado por três passos

Que me conduzem a um

Ritmo.

Antes solo do que mal em caminhado.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 27/11/2019
Código do texto: T6804855
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