Ponta de Iceberg
Esta é a ponta,
Perfurando a têmpora,
Parece um tiro. Não!!!
Uma facada no cérebro.
A lâmina entra e
Descostura as sinapses,
Criando um coágulo
De Vácuo,
Que assovia dentro de mim.
Nunca é a base.
Se chorar, grito
Por dentro.
Arrebento.
Escorro num gozo
De sangue,
Em poça de mangue,
Num guache distante.
Fura essa fissura
Dessa cara covarde,
Rabiscando um riso,
Feito à base de comprimidos.
Pequenos gemidos.
Os frascos de crânio,
Territorializam o precipício,
Olhando por cima do risco.
Muro mudo. Shhhh!!!
Eis o jazigo.
Nada mais do que isso.