E afinal de contas
Depois de toda introspecção
De todas as orações que já orei
Todos as promessas que já fiz
O que fazer com esse medo
Medo do que amanhã
Do que virá?
Essa melancolia
Esse temor
Essa dor
Parece que está arraigada na minh'alma
Como uma ferida crônica que sangra
É um pranto incessante
Oscilo entre a fé e a dúvida!
Sou tão humana meu Deus!
Me criaste mais humana que os outros!
Tudo o que eu queria era um pouco de segurança
Uma certeza
Por menor que fosse
Mas que calasse essa voz que sussurra
em mim que não tenho mais chance...
Que não posso superar
Não posso concertar meus erros...
Sou tão impotente
diante das loucuras dessa vida!
O que me resta, então, é viver o hoje
da melhor maneira que eu puder...
As linhas do amanhã ainda não foram escritas.
Deixarei que Deus as escreva para mim...Eu não posso!
Mas sinto medo...