Brincando com a loucura
O limite entre sanidade e loucura é um fio
Não é um muro, não tem cerca, não tem aviso.
É uma corda bamba.
Equilibro-me e fico sadio.
Danço a dança do normal e não perco o juízo.
Posso brincar com a loucura?
Posso jogar esse jogo perigoso?
Brincar com fio que me pendura?
Posso atender seu chamado?
Posso pular de cabeça e voltar para o outro lado?
Estou tentado a ceder
Porque a vida na sanidade é tão previsível
É tão visível, é tão certa, é tão concreta!
Protocolos, seguidos sem questionar
Tudo pronto e perfeito, sem lugar para o defeito
A loucura me chama mais uma vez
Para brincar, para voar nas asas da insanidade
Voar num voo de liberdade
E eu vou: sou loucura e sensatez
Mais loucura que sanidade, mais loucura que verdade.