Laços II
Com os laços me firmo.
No seu enforcar,
Torcendo as tripas,
Até gotejar.
Jorrando vísceras,
Numa emoção de gemidos,
Com míseras
Extinções de parcos sentidos.
Na dança macabra
De um presente medonho,
Me faço de cativo que se cala,
Numa urgência de insanos sonhos.
Desgraço em rasgos de fita,
Úlceras medíocres,
Purulentas ressacas físicas,
Destoando em atos crime.
Embrulhando os intestinos estripados,
Que rolam numa cascata grotesca,
Com olhos no céu fincados,
Perfura a aurora com reflexo de vespa.
Mato-me num suicídio ritualístico,
Dançando sobre os cacos de carne,
Convulsionando num duelo artístico,
Tendo a tragédia como a real catarse.