A LOUCURA CONTRA A BANALIDADE DA NORMALIDADE
A loucura cura o que o tempo não via
A cura fatura a impostura infusa
Essa aventura, com sua fissura.
Rasura todas as censuras que pudera.
A loucura cura o que é urgente a provocar
A procura fortuna, a semeadura do prazer.
Secura escuta o que não segura a ver
Metáfora da palavra viva a criar.
A loucura sem cura pendura o sentir da razão
Enlouquece, aquece a prece do desejo.
Louco, sem pouco consume os ensejos
O pensamento livre do espírito e do coração.
A loucura sem cura liberta os homens das prisões
Das imagens que nos fazem aos outros
Do controle que tudo se vê tão pouco
E não deixa ver nada para seremos nós sem cortes.
De. Poeta das Almas - Fernando Febá
Fernando Henrique Santos Sanches