Cores
No mar aflito de azul,
Mergulho a fronte,
O horizonte em blue,
Inspiração que é fonte.
Trevas de um preto,
Que encerra na magia,
Da verdade eis o meio,
Liquefazendo harmonia.
Raízes de um marrom,
Aprofundando o solo,
Tudo é o mesmo tom,
Mistura de corpos.
Abre a gema do amarelo,
Nasce a vida que morre,
Desdobrando-se em feto,
Num ritmo que absorve.
Vermelho de sangue escorrido,
Magenta de pau-brasil,
Traços bem definidos,
Arte de colonizador perdido.
Matas fadadas ao verde,
Retorcendo as visões,
Numa fauna que tem sede,
Bebendo das emoções.
Esse branco que não é nada,
Luminosidade vazia de sentido,
Leitosamente espalhada,
Neblina de um olhar oprimido.
Mergulhe nesse arco-iris,
Emergindo no fluxo da ilusão,
Apagando como risca de giz,
Higienizado com água e sabão.