Toques
Estes dedos magros,
Sombreiam os toques,
Expressão de esquálido,
Movimentos em estoque.
Cada falange canta,
Melodia de ossos,
Retesando as plantas
Carnudas dos corpos.
Lóbulos ecoam gritos,
Serpenteando enigmas,
Ventilando doces silvos,
Em ritmo que se esgrima.
Roda a roda rota,
Lubrificando engrenagens,
Suspirante boca,
Sufocada em beberagem.
Cornucópia das sensações,
Vibrando cada tendão,
Na maestria das emoções,
Orquestrando atenção.
Jeito de sentido figurado,
Estampando um exagero barroco,
Desempolgante inusitado,
Trepando com origamis de lodo.
Quantas vezes um trejeito,
Se torna o trajeto perfeito,
Delineando um parapeito,
Para contemplar um medo.