Pseudônimos
Nos trópicos
Das tuas ancas,
Contornos góticos,
Desfizeram a santa.
Na profanação
Dessa carne macia,
Senti a ejaculação
Do gozo que gemia.
Amamos nos fodendo,
Porque é vibrante o ato,
Com vizinhos no silêncio,
Atrás das paredes, feito ratos.
Os cães se resolvem,
No meio das avenidas,
Grudados, não se movem,
Sua foda é selvagem, atrevida.
Como mendigos de pau pra fora,
Chocando cidadãos respeitáveis,
Cada um com sua dose de droga,
Suportando vivências desagradáveis.
A carrocinha recolhe,
A polícia escolhe.
Nem todo dia temos sorte,
Só o suicídio que nos acolhe.
Veremos algum padre,
Chupador de piroca de menino,
Com aquelas vestes de madre,
Repetindo besteiras de catecismo.
Multiplicam-se meninas parindo,
Mas as madames também abrem as pernas,
Existe buceta que é quase um partido,
Tendo como meta política arregaçar a perereca.
Basta ver a situação da sociedade,
Para perceber que somos enrabados,
Sem estarmos de quatro de verdade,
Como passivos pacifistas pacificados.
E de noite, na solidão do quarto,
A punheta egoísta dos sem caralho,
Agonizando diante do orgasmo,
Afogado na porra do próprio ato.