Pseudônimos

Nos trópicos

Das tuas ancas,

Contornos góticos,

Desfizeram a santa.

Na profanação

Dessa carne macia,

Senti a ejaculação

Do gozo que gemia.

Amamos nos fodendo,

Porque é vibrante o ato,

Com vizinhos no silêncio,

Atrás das paredes, feito ratos.

Os cães se resolvem,

No meio das avenidas,

Grudados, não se movem,

Sua foda é selvagem, atrevida.

Como mendigos de pau pra fora,

Chocando cidadãos respeitáveis,

Cada um com sua dose de droga,

Suportando vivências desagradáveis.

A carrocinha recolhe,

A polícia escolhe.

Nem todo dia temos sorte,

Só o suicídio que nos acolhe.

Veremos algum padre,

Chupador de piroca de menino,

Com aquelas vestes de madre,

Repetindo besteiras de catecismo.

Multiplicam-se meninas parindo,

Mas as madames também abrem as pernas,

Existe buceta que é quase um partido,

Tendo como meta política arregaçar a perereca.

Basta ver a situação da sociedade,

Para perceber que somos enrabados,

Sem estarmos de quatro de verdade,

Como passivos pacifistas pacificados.

E de noite, na solidão do quarto,

A punheta egoísta dos sem caralho,

Agonizando diante do orgasmo,

Afogado na porra do próprio ato.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 14/08/2014
Reeditado em 17/08/2014
Código do texto: T4922856
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