Erupções
Quando o caos das emoções,
Invadir seu mórbido espaço,
Feito moscas com radiações,
Emanando a frieza do estático.
Será possível prever a desgraça,
Somando reações catastróficas,
Que espancarão em descargas,
Esfacelando suas falsas glórias.
Enterrando os segredos degenerados,
Como uma lama de lembranças,
Afogando a mente de pobres coitados,
Tornando a sua alegria doença.
Nos braços da Peste,
Que afaga os podres,
E seus dedos de leque,
Tocam malditas proles.
No sangue que pinta paredes,
Em majestosas aquarelas de dor,
Empilhando corpos em humanos tapetes,
Formando um cenário de autêntico terror.
Nas madrugadas de sonhos interrompidos,
Pelos lábios de sorrisos macabros,
O som breve de desesperançosos gemidos,
Ocultando a sobra de qualquer rastro.
Já aguardando o leve toque da morte,
Que espreita com seus olhos de niilismo,
Fazendo da sua existência a sua consorte,
Enquanto o tempo, aos poucos, se torna extinto.
E no fim das trágicas angústias,
O sol continuará se pondo,
Até que não reste estrela alguma,
Aniquilando deuses e anjos.