Cerveja
Que culpa tem ela,
Tão cristalina,
Desce pela goela,
Refresca a anima.
Gelada em dia de calor,
Substitui a água,
Não existe uma a se opor,
Iguaria que agrada.
Pessoas bebem,
Causam acidentes,
Mas não percebem,
A bebida é inocente.
O sujeito que bate na mulher,
Machista do caralho,
Ia usar outra coisa que puder,
Para a desculpa do seu ato.
Nem sabe a origem,
Já no Egito antigo existia,
Na cevada coisas coincidem,
Elementos em pura harmonia.
Uma oferenda a Dionísio,
Uma belo copo e uma boa golada,
O homem ainda hoje precisa disso,
Herança rica de tradições passadas.
Um brinde a todos os apreciadores,
Amantes dessa nobre bebida,
Servida em momentos de dissabores,
Também celebrada de forma festiva.
Deixem a espuma na borda,
Fazendo o bigode na barba,
O beijo na boca que entorna,
O álcool no cérebro agrada.
A voz mansa do bêbado,
Que tem idioma universal,
No início até temos medo,
Depois entornamos na moral.
Deixem as pessoas beberem,
Parem com esse fogo no rabo,
O mundo implora por eles,
Um porre deixa tudo menos chato.
Cerveja sem álcool é pra mané,
A graça é aquela moleza,
Aproveitamos essa antiga fé,
Os sentidos alterados são uma beleza.
Sem esse lance de religião,
Jesus mesmo gostava de vinho,
Isso vem desde a criação,
Os deuses nos ensinaram o caminho.