Cerveja

Que culpa tem ela,

Tão cristalina,

Desce pela goela,

Refresca a anima.

Gelada em dia de calor,

Substitui a água,

Não existe uma a se opor,

Iguaria que agrada.

Pessoas bebem,

Causam acidentes,

Mas não percebem,

A bebida é inocente.

O sujeito que bate na mulher,

Machista do caralho,

Ia usar outra coisa que puder,

Para a desculpa do seu ato.

Nem sabe a origem,

Já no Egito antigo existia,

Na cevada coisas coincidem,

Elementos em pura harmonia.

Uma oferenda a Dionísio,

Uma belo copo e uma boa golada,

O homem ainda hoje precisa disso,

Herança rica de tradições passadas.

Um brinde a todos os apreciadores,

Amantes dessa nobre bebida,

Servida em momentos de dissabores,

Também celebrada de forma festiva.

Deixem a espuma na borda,

Fazendo o bigode na barba,

O beijo na boca que entorna,

O álcool no cérebro agrada.

A voz mansa do bêbado,

Que tem idioma universal,

No início até temos medo,

Depois entornamos na moral.

Deixem as pessoas beberem,

Parem com esse fogo no rabo,

O mundo implora por eles,

Um porre deixa tudo menos chato.

Cerveja sem álcool é pra mané,

A graça é aquela moleza,

Aproveitamos essa antiga fé,

Os sentidos alterados são uma beleza.

Sem esse lance de religião,

Jesus mesmo gostava de vinho,

Isso vem desde a criação,

Os deuses nos ensinaram o caminho.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 30/12/2013
Código do texto: T4631011
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