Derivações Fecais
Cocô é algo sem graça,
Dizemos sobre um insosso,
Talvez uma pessoa chata,
Nada de muito proveitoso.
Bosta é algo mais consistente,
A gente quer eliminar do caminho,
Fazemos de tudo por ser insistente,
Uma pedra inconveniente em atrito.
Fezes já possui um ar científico,
Algo politicamente correto,
Não precisamos na vida disso,
Coisa de nerd com problema no reto.
Merda enche a boca,
Algo que esparrama,
Sai com força,
Uns fazem até drama.
Assim como a cagada,
Que fazemos sem conter,
Respingando na hora errada,
Evidenciando nosso proceder.
Uma defecada é escrota,
Parece gente de terno e gravata,
Que tenta disfarçar na roupa,
Pro chefe não ver a calça borrada.
Diarréia parecia epidemia,
Lance que temos que combater,
Diversos sujeitos na agonia,
Bosta que não há que consiga conter.
Borrar é coisa de picasso,
Sujando a beirada da privada,
Bate na água e respinga no rabo,
Arte de cagão com bunda cismada.
Espetáculo da escatologia,
Com análise de coliformes,
Um ânus com hemorragia,
De merda em expressiva dose.
O cocô alheio é repugnante,
O nosso é tão íntimo,
Cuidamos dele de forma empolgante,
Coisa de dentro dos intestinos.
A gente nega a autoria dele,
Mas no fundo adora olhar,
Para ele boiando diversas vezes,
Uma parte que vai desapegar.
Quando a barriga dói,
Corremos e nos aliviamos,
Ele quase nos corrói,
Mas do cu o eliminamos.
A criança desde pequena,
Sabe a felicidade do ato,
Faz na fralda sem pena,
E adultos, temos recato.
Não se esqueçam disso,
A bosta também,
Traz o peido que é amigo,
Isso tudo nos convém.