Arte de Mandar Tomar no Cu

A arte de mandar,

Tomar no cu alguém,

Exige uma perícia,

Que nem todos tem.

Não é apenas levantar,

Aquele dedo do meio,

Isso qualquer um faz,

Precisa de mais traquejo.

Utilizar polegar e indicador,

Para desenhar um perfeito ânus,

Não é algo muito encantador,

São pregas diferentes das de Vênus.

Enche a boca com essa

Palavra que é mínima,

Mas que diz coisa à beça,

Mudando uma vida.

E dizem que o cu tem olho,

E é deficiente por ser cego,

Deixando o xingado nervoso,

Torna-se um grande despautério.

Toma ré força de expressão?

Alguns dizem fazer de canudinho,

Imagino aquele rabo abertão,

Sendo sugado por um tubo fininho.

E mandamos que tomem no próprio,

Não oferecemos o nosso,

Nem dizemos o de outro, é impróprio,

Que seja servido do vosso.

Como se soubéssemos o quanto é ruim,

E ofertamos o da própria vítima,

Sendo fodido de todas formas até o fim,

Eis a grande sacada dessa rebeldia.

Por mais que fique indignado,

O agredido perde a reação,

Como negar o próprio rabo,

Por mais que seja uma curração.

Se devolver,

Não pode ofertar o seu,

Manda tomar outra vez,

Passando pra quem ofendeu.

Muitos resolvem o dilema,

Dando logo uma porrada na cara,

A coisa ganha um novo sistema,

Violência para resolver a parada.

Para muitos o cu é sagrado,

Portanto cuidando em dizer isso,

Pode magoar quem senta no rabo,

A conseqüência pode não ser previsível.

Na boca das crianças que fica bonito,

Sai de forma sincera e livre,

Os moralistas não podem calar os filhos,

Quem nunca mandou ainda não vive.

Vai tomar no seu cu leitor,

Mas naquele sentido

Que fazemos sem temor,

Algo dito entre amigos.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 20/12/2013
Código do texto: T4619639
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