Movimento

A força do movimento,

Atravessa abismos,

Como um trovão em tormento,

Criando hiatos gatilhos.

Despedaça ruínas,

Reduzindo a pó,

Aprisionando a vida,

Tornando o instante tão só.

A catástrofe é catarse,

Alimentando-se de esperanças,

Humanos que são desastres,

Loucuras em forma de dança.

Ainda que tenha o sabor de nada,

A ponte é da substância da força,

Que invoca o motivo desgraça,

Onde cada um expõe seu pescoço na forca.

Já que a interrupção,

É a liberdade do morto,

Aprisionado na frustração,

Sujeito roto e sem corpo.

Eis a fúria de que move,

Negando a certeza do que fica,

Uma reta que se dissolve,

Relegada a um niilismo que edifica.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 21/11/2013
Código do texto: T4580884
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