CANETA MALDITA
Por que esta caneta maldita,
Escreve o que sinto e que não quero
Transforma palavras em escrita
Denuncia pensamentos que oblitero.
Me faz frágil e com muito medo
Que eu possa assim ser revelado,
Expondo assim todos segredos
Que eu trago no peito bem guardado.
Mas..., segredos!
O que são, esses segredos?
Que hesito em querer os revelar,
São partes de uma vida, de um enredo,
São memórias muito tristes de lembrar.
Todo mundo sempre oculta algum mistério,
Que procura não falar e esconder
E faz tudo, sem pudor e sem critério,
Mascarando o seu próprio proceder.
E a caneta insiste em descrever
A loucura que invade o pensamento
O remorso que vem e fica a remoer
Do passado todos esses fragmentos.
Mas, a vida! Não se apieda e não perdoa,
E nos faz colher o que plantamos,
Nossos erros ela os junta e amontoa,
Nos caminhos por onde nós passamos.
Ilha Solteira/SP
07/11/2013 – 23:25h