DELÍRIOS DE UM POETA QUALQUER

Escreve no espelho d'água,

partículas de sentimentos,

mágoas do interior,

âmago de amor insano,

Beijos palpáveis,

Prazer e tormento,

Metafóras amáveis,,

fingimentos concretos,

abstratos jeitos

do que não é, nem será.

Encena sorrisos,

dóceis, completos;

sendo causa, se faz efeito.

Seu lar ... tantos lugares,

De Olinda a Bagdá.

Meticulosamente preciso,

precisa se imaginar

ser túneis, hangares,

futuro passado,

passado presente;

transpor utópicas pontes,

se afogar em fontes

turvas, anfíbias,

poesias agudas,

romântica hipocondria.

ilógicas certezas.

[gustavo drummond]