Vida de Louco

VIDA DE LOUCO

Fazia micagem, desafiava instigando em gesto obsceno, falavas bobagens com caras e boca, quando imitava um menino pequeno.

Provocava os moços e xingava velhos, dizia com falas em desatino.

Dormia o louco em meio os escombros, escondia assustado de baixo às ruínas, assim residia e se escondia, sobre o telhado, já velho e quebrado da casa da esquina cansado estava de tanta investida. pobre sujeito, que triste sina.

Há vezes em sono, ou acordado falas ouvia, batendo pestanas deitado enrolado em grande lamentos, em trapos exposto jogado ao vento, em noites geladas assim o dormia. sofria em gemidos, chorava em lamentos.

Feridas em sangue, seu corpo febril, as chagas em dores causava agonia, em volta ao fogo ardendo em chamas, de braços cruzados vibrava e tremia.

Sofrendo chorava o pobre demente; um homem insano, ele sentia preso às correntes em desespero há vezes grania; mas parecia um cachorro sem dono, coitado do louco cantava e dançava neste seu mundo tão desigual, que vida vazia, que grande abandono.

(antonio herrero portilho)

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 06/06/2013
Reeditado em 19/07/2014
Código do texto: T4327529
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