Inveja

Oh tu, miserável ser,

Que aflige o coração,

Dos fracos em viver,

Fazendo crescer maldição.

Cabisbaixo é o peso,

Dos que possuem,

Essa carapaça em segredo,

Suas mentes eles poluem.

Cada dia criando monstros,

Alimentando o ódio,

Dilacerando-se em horríveis sonhos,

Desejando pilhar destroços.

Carrasco de sua própria existência,

Regulando os passos alheios,

A busca que é uma demência,

Fazendo alienar-se por inteiro.

Cada ato visto é um crime,

E sua sobra doentia,

Tenta usurpar o seu limite,

Liberando uma selvageria.

Doença que apodrece por dentro,

Fragmentando em falsas esperanças,

Uma frágil pena solta ao vento,

Com garras que tentam agarrar à distância.

O coração putrefato,

Carcomido por vermes,

Que fazem do mundo, ingrato,

Enquanto a inveja, você serve.

Os olhos flamejam, com horror,

Diante da felicidade que se afasta,

Enxerga o tudo nesse inimigo que criou,

Levando uma vida pautada em desgraça.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 17/05/2013
Código do texto: T4295921
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