Inveja
Oh tu, miserável ser,
Que aflige o coração,
Dos fracos em viver,
Fazendo crescer maldição.
Cabisbaixo é o peso,
Dos que possuem,
Essa carapaça em segredo,
Suas mentes eles poluem.
Cada dia criando monstros,
Alimentando o ódio,
Dilacerando-se em horríveis sonhos,
Desejando pilhar destroços.
Carrasco de sua própria existência,
Regulando os passos alheios,
A busca que é uma demência,
Fazendo alienar-se por inteiro.
Cada ato visto é um crime,
E sua sobra doentia,
Tenta usurpar o seu limite,
Liberando uma selvageria.
Doença que apodrece por dentro,
Fragmentando em falsas esperanças,
Uma frágil pena solta ao vento,
Com garras que tentam agarrar à distância.
O coração putrefato,
Carcomido por vermes,
Que fazem do mundo, ingrato,
Enquanto a inveja, você serve.
Os olhos flamejam, com horror,
Diante da felicidade que se afasta,
Enxerga o tudo nesse inimigo que criou,
Levando uma vida pautada em desgraça.