Na contramão
Cavernas são para aqueles que se escondem
Meu prazer é viver exposto pelas ruas
Demonstrando quem sou e o que procuro
Independente se minha verdade é a sua.
Minha boca é mais malvada do que meu coração
Ela morde, rasga e engole quem a beija.
Meu coração endurece, mas amolece,
Para a criatura que atrás dele rasteja.
Malandro nas horas descontínuas
Meu lema é viver na contramão
Vingar-me de quem nunca me estendeu a mão.
Roupas para quê se sou transparente?
Aborrecer não é minha intenção
Gosto mesmo é de chamar a atenção.