DESEJO INSANO
O desejo que sinto e que me abrasa,
Sobrepõe-se à minha vontade,
Deixa-me às sua mercê e me arrasa,
Queima-me sem dó nem piedade.
Não queria ter este sentimento,
Que machuca e me maltrata,
Mas que fazer, se me invade o pensamento,
E em minha mente se vulto se retrata.
Loucura, é sentir o que eu sinto,
Sem ter ao menos o direito,
Mas eu queria tê-la, não minto,
Apertá-la e estreitá-la no meu peito.
Mas este desejo insano me persegue,
E me faz escravo de mim mesmo,
E não há no mundo quem consegue,
Fugir do amor assim a esmo.
Mas querer algo proibido,
Quando a realidade é diferente,
É viver com o coração partido,
É morrer aos poucos, lentamente!
Daniel Lopes de Oliveira – São José do Rio Preto/SP – 11/02/2013 – 22:30h