Saber

Sabe,

Se eu soubesse,

O que tu sabes,

Diria, vê se esquece.

Saber é muito pouco,

Sei nada, nada sei,

Me alimento desse fogo,

Que um dia me apeguei.

Se a sapiência,

Deixasse a moda,

Ainda como ciência,

Renegava sua história.

Se tivesse sabido,

Noutros tempos,

Antes desse gemido,

Que me mata, lento.

Saberia alguma coisa,

Nos dias des-iguais,

Com espírito de louça,

E memória em castiçais.

Soprando saberes,

Nas faces ignoradas,

Sem dor que chegue,

E expressão deformada.

Não sei,

O quanto custa saber,

Só sei,

Que não escolhi viver.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 09/01/2013
Código do texto: T4075389
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