Poema Roto

Fede a mofo,

Esse troço,

Me dá nojo,

Não suporto.

Escrevo essa merda,

Isso que faço,

É minha tragédia,

Assim que me mato.

Amasso o papel,

Mesmo na tela,

Enrolado em carretel,

Embolado na terra.

Cuspo com vontade,

Escarro com força,

Eis minha verdade,

Faz-se de minha forca.

Xingo por infantilidade,

Esbravejando com os braços,

Cético de minha credulidade,

Não percebendo que me enlaço.

Piso esfregando os pés,

Sujando ao máximo,

Destruir é minha fé,

Desintegrando, em pedaços.

Pico com palavras,

Triturando meu cérebro,

Tendo o nada como casa,

Fazendo o destino, incerto.

Bebo dessa fonte,

Vomitando gramática,

Nunca sabendo de onde,

Vem essa minha farsa.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 05/01/2013
Código do texto: T4068585
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