DELÍRIOS NO POÇO
Lugar
Aqui neste lugar.
Aprendi a aprender a ensinar.
Por que quando se deixa de aprender...
Deixa-se de ensinar.
Viva ensinando...
Ensina a vida.
A simplesmente viver...
Doce melancolia
Quero mostrar os sorrisos escondidos por detrás de toda esta melancolia.
Pelas vazias salas e quartos, passam-se a todo o momento pessoas...
Jazem sem alma, nenhuma centelha de vida.
Descontidas, descurtidas...
Último lamento que deixam...
Enterrados, soterrados...
Nas paredes brancas e encardidas.
Da loucura sobre vida.
Viva a liberdade!
A liberdade é algo fugaz!
Lentamente esvai-se entre os dedos.
Melancólica, docemente fria...
Ó liberdade minha! Cadê tu?
Eu que te espero a todo instante...
Venha e vamos adiante!
Venha e vamos avante!
Constante; constante...
Correntes
De nada adianta fazeres algo sem amor.
Se tu o fazes no vácuo deleite.
Esqueceste constantemente o vício,
o curou!
Vicia-te deste louco amor...
Vicia-te nesta doce noite de vícios viciantes...
Alimenta a minh’alma triste e cabisbaixa.