Devaneio de palavras.
Corro, e nessa pressa não chego a tempo.
A tempo de dizer coisas bonitas,
De escrever palavras aflitas,
A tempo de sonhar e depois lembrar.
De falar às pessoas o que vivi,
De viver coisas que desisti,
Ouvir palavras e entende-las melhor,
Melhor eu seria se apenas ouvisse.
Gritar minhas mágoas, sofrimentos.
Jogá-las ao vento sem nenhum rumo,
Viver presente, e sentir melhor a saudade!
Ausência de culpa, sem preconceito.
Ser criança pela eterna curta vida,
Curtindo o sol nascer, dia a dia.
Emocionar-me com entardeceres,
E dormir com a consciência limpa.
Emocionar pessoas com gestos inesperados,
Dizer ao mundo que sou um apaixonado!
Deixar ser amado indiscriminadamente,
Trabalhar a conta certa, sem horas extras.
Compor uma musica clássica, uma opera.
Gastar esse meu coração que ficou guardado,
Admirar a beleza de todas as mulheres,
E com minhas mãos Enxugar suas lagrimas.
Com meu coração aquecer suas vontades,
E em seus seios encostar minha cabeça,
Confessar-me sem verdades ou mentiras,
Apenas dizer que o bom da vida é viver!
Allan Ribeiro Fraga