Devoram-se os pecados

Sim, pedaço de pouca luz

Pedra de sapato furado

Se ainda há o que conduz

Não me deixe sobre o acaso.

De fato tenho ainda sorte

por viver entre as paredes

Se dessa faca talho o corte

intrépido e puro dos meus dizeres.

E assim a luz se apaga

entre vaga-lumes Black-orange

Cada passo que desfaço

alcança a cor distante.

E assim o cão de guarda

me espera ainda entre os loucos

Seduz e bebe da minha alma

o ultimo gole risonho.

E nem tão pouco acorrentado

talvez se enrosque entre palavras

Naufrago de pessoas

que devoram seus próprios pecados.

Zózimo São Paulo
Enviado por Zózimo São Paulo em 20/12/2010
Código do texto: T2682425
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