A FRONTEIRA
Acho que não vou,
Acho que não fico;
De repente, aqui me identifico;
Ao tempo em que me retifico,
Também me modifico;
Então me fortifico
E, finalmente, me purifico;
Acho que não fico,
Acho que não vou;
Cheguei onde o mistério me levou;
Regogito tudo que minha insanidade provou;
Porém, minha ambígua lucidez travou;
Mas o equivocado “EGO” me elevou;
Contudo, o transcendental “ALTER” reprovou;
Acho que não fico,
Acho que não vou;
Acho que não vou,
Acho que não fico.