LABIRINTO

do tufão ao vento

mais brando, ameno

da escuridão do meu pensamento

ao vulto que intuito, pequeno

ao culto frenético que enceno

patético no altar de um hospício

sinto-me pleno

ou me alieno

mergulhado em um vício

e me atiro de um edifício

overdosado em suave veneno

e se não morro, corro

sentindo o vento do tufão

no meu coração

refrescar sereno

sou afogado pelo mar

desligo-me como numa prisão

e como um trovão

novamente me anteno

mas ainda tragado por esse mundo cão

sinto-me pequeno

Adriano Soares
Enviado por Adriano Soares em 01/10/2009
Reeditado em 28/06/2011
Código do texto: T1841233
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.