SEM SERMÃO
Nada que nos oprima.
Nem castigo, nem nada de não.
Míseros beijos sem sucção.
Poucas lágrimas falsas.
Um bater ôco de coração.
Um lamber de gelado doce.
Um viver de ilusão, que fosse.
Um achar que ganha, mas perde.
Um ganhar na manha, na verve.
Uma manhã de romãs...afegãs.
A sua verdade exposta na galeria.
A sua nudez encruada, lipoaspirada.
A sua fada madrinha cachorra.
Que morra
o padre, o pastor...o sermão.
Nada de montanhas.
Nada de braçadas agora.
A furna não tem mais lobos.
Eles estão nas estepes.